Casa Europa
Anotações (quase) diárias sobre os caminhos da Europa e da União Europeia
Para uma cronologia europeia
- Os MNE's polaco e alemão acordaram impulsionar a redacção conjunta de um Manual Escolar de História para revelar os pontos em comum e as divergências entre os dois povos.
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Um Manual científico ou um Ensaio político?
Os Ministros dos Negócios Estrangeiros polaco e alemão acordaram hoje impulsionar a redacção conjunta de um manual escolar de História para revelar os pontos em comum e as divergências entre os dois povos
Um projecto desta natureza tem de ser tratado com bastante cuidado e é facilmente atreito às críticas habituais de quem faz da crítica à União Europeia uma forma de ser e de estar no comentário político. Em rigor estamos perante a sequência de um projecto já antigo, lançado por Chirac e por Schroeder, que permitiu lançar as bases de um Manual de História franco-alemão. Desta feita o projecto estende-se à Alemanha e à Polónia. Três comentários, porém, não podem deixar de ser levados em consideração:
- Em primeiro lugar, a Europa que queremos construir tem de ser, cada vez mais, a Europa da multiplicidade e da diversidade. Não a Europa do directório e da voz única ou comum, das verdades oficiais e da história re-escrita, da assimilação das diversidades e do discurso oficial. Com base nestas permissas, nada impede a elaboração de um Manual conjunto que esteja em sintonia naquilo onde as sintonias sejam possíveis e evidencie todas as diferenças que houver que evidenciar.
- Em segundo lugar, é absolutamente indispensável que uma tal iniciativa seja um verdadeiro produto das comunidades académicas e científicas dos diferentes Estados e não uma encomenda dos respectivos poderes políticos. Só assim a credibilidade do projecto estará garantida e a sua validade científica salvaguardada.
- Finalmente, conseguirá um projecto desta envergadura ultrapassar qualquer uma das duas ameaças que o podem tornar absolutamente dispensável, a saber: ser tão consensual que acabe por ser absolutamente vago e genérico ou ser tão abrangente que, afirmando tudo e o seu contrário, se reconduza a um mero somatório de factos inquestionáveis, desprovidos de toda a interpretação e, portanto, inútil?
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Um Manual científico ou um ensaio político?
Os Ministros dos Negócios Estrangeiros polaco e alemão acordaram hoje impulsionar a redacção conjunta de um manual escolar de História para revelar os pontos em comum e as divergências entre os dois povos
Um projecto desta natureza tem de ser tratado com bastante cuidado e é facilmente atreito às críticas habituais de quem faz da crítica à União Europeia uma forma de ser e de estar no comentário político. Em rigor estamos perante a sequência de um projecto já antigo, lançado por Chirac e por Schroeder, que permitiu lançar as bases de um Manual de História franco-alemão. Desta feita o projecto estende-se à Alemanha e à Polónia. Três comentários, porém, não podem deixar de ser levados em consideração:
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Em primeiro lugar, a Europa que queremos construir tem de ser, cada vez mais, a Europa da multiplicidade e da diversidade. Não a Europa do directório e da voz única ou comum, das verdades oficiais e da história re-escrita, da assimilação das diversidades e do discurso oficial. Com base nestas premissas, nada impede a elaboração de um Manual conjunto que esteja em sintonia naquilo onde as sintonias sejam possíveis e evidencie todas as diferenças que houver que evidenciar.
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Em segundo lugar, é absolutamente indispensável que uma tal iniciativa seja um verdadeiro produto das comunidades académicas e científicas dos diferentes Estados e não uma encomenda dos respectivos poderes políticos. Só assim a credibilidade do projecto estará garantida e a sua validade científica salvaguardada.
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Finalmente, conseguirá um projecto desta envergadura ultrapassar qualquer uma das duas ameaças que o podem tornar absolutamente dispensável, a saber: ser tão consensual que acabe por ser absolutamente vago e genérico ou ser tão abrangente que, afirmando tudo e o seu contrário, se reconduza a um mero somatório de factos inquestionáveis, desprovidos de toda a interpretação e, portanto, inútil?