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FMI duvida que a Grécia cumpra as metas da troika

Domingo, 08.01.12

"O Fundo Monetário Internacional (FMI) está a perder confiança na capacidade de a Grécia equilibrar as suas contas públicas e reduzir o peso da sua dívida, sugere um relatório da instituição citado pela revista Der Spiegel. Segundo o documento a que a publicação alemã teve acesso, e que é citado pela agência Bloomberg, o FMI considera insuficiente o actual programa de ajustamento para Atenas atingir o equilibro orçamental, dadas as metas do acordo com a troika que estão por cumprir. Os peritos do FMI – um dos parceiros do empréstimo de 110 mil milhões de euros negociado com o anterior Governo helénico –, querem que na próxima ronda de avaliação do Memorando de Entendimento sejam revistos os pontos-chave do acordo. Isto segundo o relato daquela revista alemã, que não foi comentado nem desmentido pelo fundo. Para a instituição liderada por Christine Lagarde, a Grécia só tem três opções: avançar com mais medidas para consolidar as suas finanças; ser negociado um perdão maior com os credores privados; ou serem negociados mais fundos por parte da zona euro. A notícia surge dias depois de os representantes dos bancos e outras instituições financeiras credoras da Grécia terem feito pressão para uma conclusão rápida das negociações quanto ao abatimento de parte dos empréstimos feitos ao Estado grego. Numa altura em que se aproxima o exame à execução do ajustamento grego (em meados de Janeiro), um conselheiro do ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, afirmou ontem, que o perdão em 50% da dívida grego, pré-acordado com os credores em Outubro, não será suficiente para salvar a Grécia. Isto após uma notícia, não desmentida pelo Governo alemão, de que Berlim pretendia um perdão da dívida de 75% dos títulos detidos pelo sector financeiro privado. O abate à dívida grega estabelecido em Outubro pela zona euro prevê um perdão de 100 mil milhões de euros e garantias para os credores no valor de 30 mil milhões." [Fonte]

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publicado por Joao Pedro Dias às 23:21

Cameron disposto a vetar taxa europeia sobre transações financeiras

Domingo, 08.01.12

O primeiro-ministro britânico diz-se disposto a vetar qualquer tentativa para aplicar um imposto nas transações financeiras na União Europeia. David Cameron acredita que impor um imposto desse tipo no espaço comunitário sem que isso seja feito noutras partes do Mundo pode prejudicar o mercado laboral e a prosperidade da Europa. Cameron defende que “a ideia de uma nova taxa europeia, que não é aplicada noutros locais, é desaconselhável” e garante que irá “bloquear” a iniciativa, “exceto se o resto do Mundo concordar ao mesmo tempo nalgum tipo de imposto global”. Grande promotora da chamada taxa “Tobin” – idealizada pelo Nobel da Economia James Tobin -, a França mostrou-se disposta a aplicá-la no país e pretende avançar com legislação para esse efeito antes das presidenciais de Abril. Quando propôs a taxa, na sexta-feira, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, defendeu que “quando compramos um apartamento em qualquer parte do Mundo, pagamos uma taxa; quando vamos ao supermercado, pagamos taxas; mas quando fazemos uma transação financeira, não pagamos taxa. Quem é que pode compreender uma regra destas?”. Sarkozy debaterá certamente a ideia com a chanceler alemã, Angela Merkel, em Berlim, no encontro desta segunda-feira que serve para preparar a cimeira de Bruxelas a 30 de Janeiro. Apesar da França se dizer disposta a avançar sozinha, a Alemanha e a Itália defendem uma taxa com aplicação em toda a União Europeia." [Fonte]

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publicado por Joao Pedro Dias às 19:02