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Cem mil pessoas desfilam em Budapeste para apoiar o governo contra críticas da UE

Sábado, 21.01.12
"Milhares de pessoas manifestaram-se este sábado em Budapeste para apoiar a política do governo conservador do primeiro-ministro húngaro que tem sido fortemente criticado pela União Europeia devido a artigos da Constituição que contrariam legislação comunitária. De acordo com a agência Associated Press, cerca de cem mil pessoas participaram na chamada «Marcha da Paz», convocada por jornalistas e personalidades da direita. Os manifestantes transportavam velas, tochas e bandeiras húngaras, bem como cartazes em que se lia «Acreditamos no governo», «Viva Viktor Orban» e «Esta é uma democracia», numa alusão a críticas feitas nas últimas semanas pela União Europeia sobre leis que, na opinião de Bruxelas, limitam a democracia naquele país. Os organizadores defenderam que «as informações enganadoras e tendenciosas publicadas a nível internacional criaram um ambiente que pinta o país de uma forma injusta e que causa cada vez mais prejuízos à economia nacional». Apesar de a concentração se destinar a apoiar a política do governo, esta iniciativa não contou com a participação oficial do partido no governo, Fidesz. Os organizadores pediram que, no final da marcha, o primeiro-ministro falasse, mas Viktor Orban decidiu não participar. A Comissão Europeia decidiu esta semana abrir um procedimento de infracção contra a Hungria em resultado da entrada em vigor da nova Constituição do país, dotada de artigos que entram em conflito com a legislação comunitária. Em causa estão, para Bruxelas, a independência do banco central do país, do seu sistema judicial e a protecção de dados nacionais. O governo húngaro, que procura assistência financeira da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), já garantiu entretanto que as disposições controversas da nova Constituição do país serão alteradas. A Comissão Europeia condicionou esse empréstimo, que poderia ascender a 20 mil milhões de euros, com a alteração das leis que aumentam a influência do governo sobre o sistema judicial e o banco central húngaro".[Fonte]

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publicado por Joao Pedro Dias às 23:51