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FMI: default não vai salvar a Grécia

Sexta-feira, 23.09.11

"O Fundo Monetário Internacional (FMI) diz que o default da Grécia está longe de ser a solução para todos os problemas do país e que, «mesmo com um default significativo», o país «continuaria a necessitar de financiamento externo massivo». Citado pela Reuters, o responsável do FMI para a Europa, o português António Borges, diz que «temos de confiar que a Grécia sabe o que está em causa e vai fazer o que tem de ser feito», até porque, «se a Grécia cumprir com o acordado, contará com o total apoio da Zona Euro», lembra. «Se não o fizer, não haverá default nenhum». Um default grego «não seria golpe dramático para os bancos», mas o responsável considera que «o problema é que já estamos para lá da Grécia». «Mesmo com um major default, a Grécia ainda precisaria de financiamento externo massivo». O economista admite que «a situação na europa tornou-se muito menos favorável», pelo que «existe o risco de a economia europeia abrandar mais». Por isso, defende, «a política monetária pode ser menos focada na inflação», ou seja, uma redução dos juros mereceria o forte apoio do FMI. Ao mesmo tempo, admite também que «estamos numa fase mais preocupante da crise de dívida europeia». «O medo do mercado em relação à crise da dívida é excessivo, temos de travar o pessimismo dos mercados antes que se torne avassalador», defende. E para isso, é necessária a acção concertada de todos os responsáveis. Sobre o reforço do Fundo Europeu de Estabilização Europeia (FEEF), prefere que os novos poderes, já aprovados mas ainda não ratificados, o sejam o quanto antes. «O FEEF deve ver os novos poderes aprovados assim que possível. Não é a altura certa para discutir se o FEEF deve ser alavancado, primeiro há que ratificar os novos poderes aprovados»". [Fonte]

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publicado por Joao Pedro Dias às 21:41