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A Grécia deve abandonar o euro em caso de crise política, defende ex-ministro francês

Sábado, 02.06.12

O antigo ministro francês Bernard Kouchner disse hoje que a Grécia, nas eleições de dia 17, têm de conseguir  um governo maioritário, caso contrário "a saída do país do euro é a única  forma de salvar a Europa".Kouchner, ministro dos Negócios Estrangeiros do primeiro governo de  Nicolas Sarkozy, em França, falou hoje daquilo a que chamou "situação de  emergência extrema em que se encontra a Europa" durante as jornadas do Círculo de Economia, em Stiges, em Espanha. De acordo com o antigo chefe da diplomacia francesa, e cofundador da  organização não governamental Médicos Sem Fronteiras, a União Europeia enfrenta,  no próximo dia 17, um momento chave para o futuro "por causa das eleições  na Grécia e em França". Kouchner alertou para os riscos do que considerou "reforço dos partidos  da esquerda radical" gregos ou da falta de uma maioria parlamentar que garanta a governabilidade do país. Apesar de defender a continuidade da união monetária, Kouchner disse  que caso a Grécia não consiga um governo estável, a melhor forma de "salvar  a Europa" pode ser a saída do país da zona euro. "É trágico mas temos de aceitar o resultado das eleições e ver o que  acontece" disse ainda Kouchner, que alertou que uma nova crise política  em Atenas pode provocar "uma segunda cadeia de reprecursões muito difícil  de ultrapassar" em países como Portugal ou Espanha. O ex-ministro francês acrescentou que outra possibilidade para os gregos  pode ser a aceitação de um "governo técnico". "Espero que os gregos consigam um certo consenso, mas não é fácil para  eles", disse, "já que não é fácil aceitar um plano de austeridade num país  pobre". "Por outro lado, também não é fácil para os políticos europeus observarem  a realidade grega", apontou, insistindo estar a favor do futuro da Europa  e na "manutenção da Grécia no grupo dos 27, apesar de, hoje em dia, ninguém  saber ao certo o que vai acontecer". No dia 17 realizam-se eleições na Grécia e também legislativas em França  em que o presidente socialista, François Hollande, vai tentar conseguir  maioria para conseguir executar o plano de reformas. "No dia 17 vamos assistir ao início de uma nova estratégia ou de um  novo rumo para a Europa", sublinhou.

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publicado por Joao Pedro Dias às 19:15

Novo governo em Paris

Domingo, 14.11.10

Era uma das possibilidades em cima da mesa e foi aquela que se verificou – Nicolas Sarkozy renomeou o seu Primeiro-Ministro demissionário, François Fillon, para chefiar o novo governo francês. A renomeação do PM demissionário, porém, foi acompanhada de uma profunda renovação da composição do governo – com a saída dos Ministros mais desalinhados da maioria presidencial de Sarkozy, nomeadamente Bernard Kouchner que deixa o Quais d’Orsay – e a entrada de pesos-pesados dessa mesma maioria de direita corporizada na UMP. O regresso de Alain Juppé, ex Primeiro-Ministro e agora investido nas funções de Ministro de Estado e da Defesa, ou a indicação de Michèle Alliot-Marie para os Negócios Estrangeiros, indiciam esse mesmo caminho. Parece evidente que Sarkozy optou por fortalecer a coesão do seu governo e inflectiu à direita no rumo do mesmo. Nem que isso lhe custe a oposição da rua. É que as eleições presidenciais estão à porta, a menos de ano e meio de distância, e talvez tenha ocorrido ao seu espírito que, pese embora todas as contestações de que foi alvo no violentíssimo Maio de 68, de Gaulle apresentou-se ao sufrágio popular seguinte e obteve uma mais que improvável reeleição.

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publicado por Joao Pedro Dias às 00:30