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Tempo de dissensos

Quarta-feira, 15.09.10

O Presidente Sarkozy reagiu às críticas da comissária europeia da Justiça, sobre a expulsão dos ciganos romenos de França, sugerindo que abrisse as fronteiras do seu país, o Luxemburgo, para os receber. Já antes o secretário de Estado para os Assuntos Europeus, Pierre Lellouche, se insurgira contra os comentários de Reding, avaliando que Bruxelas “não se pode pôr a censurar os Estados (…) não é assim que se fala com um grande país”. A Comissão Europeia, por seu turno, uniu-se em torno de Viviane Reding na sua disputa com França, mas traçando limites: tanto Durão Barroso como outros comissários distanciaram-se da parte do discurso em que Reding fez alusão às deportações da Segunda Guerra Mundial. “A senhora Reding não quis estabelecer um paralelo entre o que se passou durante a Segunda Guerra Mundial e o que se passa hoje”, disse Durão Barroso. Na véspera de mais uma cimeira do Conselho Europeu acentua-se a clivagem entre os executivos de Paris e de Bruxelas – criando um clima em nada propício à obtenção dos consensos de que geralmente dependem as cimeiras europeias. Mas este, pelos vistos, não é o tempo dos consensos na Europa da União.

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publicado por Joao Pedro Dias às 03:02