Casa Europa
Anotações (quase) diárias sobre os caminhos da Europa e da União Europeia
Para uma cronologia do projecto europeu
Urânio empobrecido: Grécia pede esclarecimentos à UE. A Grécia apelou à União Europeia para que se dedique a esclarecer os eventuais riscos da utilização de munições de urânio empobrecido no Kosovo. O ministro da defesa grego, Akis Tsohatzopoulos, pediu ao seu homólogo da Suécia, que assegura actualmente a presidência da UE, para tomar medidas neste sentido. O governante grego disse ter falado, na sexta-feira à noite com o ministro sueco, Von Sydow, depois de ter conversado também com os seus homólogos italiano e belga, pedindo-lhe que a presidência da União Europeia (UE) promova uma iniciativa durante o próximo conselho europeu de ministros da Defesa. Segundo adiantou, «os Estados Unidos cooperarão inteiramente para obter, no âmbito da NATO, uma imagem completa da situação». Tsohatzopoulos recordou que os militares gregos efectuarem em Março, Abril e Maio de 2000 análises no terreno, em Urosevac (sul do Kosovo), região onde estão estacionadas as forças da Grécia (1.494 efectivos), afirmando que não existia «qualquer perigo». O ministro indicou ainda que as autoridades militares continuam a analisar um caso de leucemia de um militar grego, detectado em Agosto do ano passado, que serviu na Bósnia entre 1997 e 1998 e depois durante seis meses na Albânia. O controlo sanitário dos 3553 soldados gregos que estiveram no Kosovo e na Bósnia foi já iniciado nos hospitais militares de Salónica (norte) e Atenas. Uma equipa militar e científica grega desloca-se na próxima semana a Urosevac para efectuar novas análises, informou.
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Para uma cronologia do projecto europeu
Suécia assume presidência rotativa da União Europeia. A Suécia, que aderiu à União Europeia em 1995, assumiu na segunda-feira a presidência rotativa do bloco, por seis meses, tornando-se o primeiro país fora da zona euro a liderar o bloco de quinze membros desde que a moeda única foi lançada oficialmente em Janeiro de 1999. Enfatizando mais a cooperação prática do que uma mudança visionária, a Suécia pretende colocar a UE em «mares mais tranquilos», após um turbulento ano 2000. O país quer ainda facilitar a entrada na UE de países candidatos, além de combater o desemprego e promover questões ambientais, como a luta contra as chuvas ácidas, e a poluição nos mares Báltico e do Norte. A Bélgica, que irá assumir semelhantes funções no segundo semestre de 2001, presidirá os 12 países do grupo euro durante este ano, uma vez que a Suécia não integra a zona euro. Após o acordo firmado em Nice quanto à forma como o poder de decisão da UE deveria funcionar no caso de mais seis países serem admitidos no bloco até o final da década, a Suécia anunciou, na altura, que um avanço político nas negociações sobre o alargamento da UE seria uma das principais medidas de sucesso durante a sua presidência. A UE tem vindo a manter conversações com 12 países, nomeadamente do leste europeu, com vista a poderem integrar o bloco. Porém, o progresso depende menos da presidência da UE e mais da rapidez com que os candidatos conseguem adequar- se às regras e aos padrões do bloco. A Suécia pretende ainda enfatizar, durante a cimeira que decorrerá em Março, em Estocolmo, questões relacionadas com o mercado de trabalho e a reforma das pensões – áreas sensíveis e sobre as quais os líderes dos Quinze pretendem trocar ideias e discutir as melhores práticas. Na política externa, a Suécia representará a UE em contactos com o futuro governo norte-americano, de George W. Bush, que assume funções a 20 de Janeiro.