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Para uma cronologia europeia

Sexta-feira, 18.06.04
  • O PR francês Jacques Chirac e o Chanceler alemão Gerhard Schröeder, não colocaram quaisquer entraves à nova proposta da presidência irlandesa sobre a Constituição Europeia, o que abre a porta a um acordo de consenso na próxima sessão de trabalho. Chirac disse que a França tinha feito «todas as concessões necessárias» e que havia que evitar «que se degradasse ainda mais o sistema de voto no Conselho», já que foram os países pequenos que insistiram em alterações do acordo no que diz respeito ao poder neste órgão. Por seu turno, Schröeder afirmou que estava disposto a renunciar a três eurodeputados, tal como era exigido no último compromisso. Até agora, a principal reivindicação dos países pequenos era a de manter um Comissário Europeu por país no futuro.
  • O Presidente do PE, Pat Cox, alertou os governos dos 25 Estados Membros da UE sobre a possibilidade dos referendos que se realizem sobre a futura Constituição Europeia sejam negativos e realçou a necessidade de «comunicar melhor a Europa» para conseguir um resultado satisfatório.
  • Os chefes de Estado e de Governo da UE chegaram a acordo quanto ao texto da futura Constituição Europeia. O texto foi aprovado por cada uma das delegações do 25 Estados Membros em reuniões bilaterais com a presidência irlandesa da UE.
  • O Chanceler alemão declarou que espera que se levante o bloqueio sobre o PM belga, Guy Verhofstadt, como futuro Presidente da CE. Já o PM do Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, o candidato preferido por todos os países e pela maioria dos grupos políticos na PE, reiterou que não está na corrida e que apoia o seu homólogo belga.
  • O PM Durão Bar­roso voltou a ser sondado para suceder a Romano Prodi na presidên­cia da CE, mas recu­sou a proposta.
  • A decisão quanto ao novo Presidente da CE será adiada por «alguns dias», disse o PM eslovaco, Mikulas Dzurinda. Nenhum dos nomes em cima da mesa reuniu o apoio da maioria qualificada dos 25, adiantou. O chefe de governo reconheceu que ainda não sabe onde terá lugar o próximo encontro dos líderes da UE.
  • Os chefes de Estado e de governo dos 25 atribuíram à Croácia o estatuto de candidato oficial à adesão à UE. Com esta decisão, a Croácia ultrapassa definitivamente a Turquia na corrida para a entrada na UE. As negociações para o sétimo processo de alargamento da UE deverão começar já em 2005.
  • Os líderes europeus manifestaram a intenção que a unidade civil e militar da UE esteja operacional no final do ano, a tempo de se aprovar igualmente a colaboração com a NATO através de um intercâmbio de funcionários e militares entre a citada célula europeia e o Quartel General Supremo da Aliança na Europa (SHAPE).
  • O PM turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que a Turquia espera iniciar as negociações com a UE em Março de 2005, sempre e quando os 25 autorizem este passo na cimeira de Dezembro deste ano.

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publicado por Joao Pedro Dias às 10:45

Para uma cronologia europeia

Domingo, 13.06.04
  • O PPE venceu as sextas eleições europeias, que ficaram marcadas por uma abstenção de números históricos. Naquele que foi o primeiro acto eleitoral da nova UE, ampliada a 25 membros, o PPE garantiu 270 eurodeputados, mantendo-se como o maior grupo parlamentar, mercê dos 36,75% obtidos neste último escrutínio. Contudo, apesar da vitória, os populares europeus não só ficaram muito longe da ambicionada maioria absoluta, como, inclusive, desceram 0,5% relativamente ao último acto eleitoral, em 1999. Já o PSE não conseguiu recuperar uma liderança perdida 1999, mantendo-se como a segunda força na Europa. Com a votação deste domingo, o PSE garantiu 199 deputados, consequência dos 27,19% obtidos no escrutínio, menos 1,6% do que em 1999, uma descida explicada com o voto de protesto dos eleitores alemães e ingleses, que nem os bons resultados em Espanha e Itália conseguiu colmatar. O ELDR conseguiu, pelo contrário, uma subida no número de votantes (mais 0,7%), atingindo os 9,02%, sinónimo de 66 eurodeputados. Com este resultado, o ELDR torna-se a terceira força política no PE e o partido-chave na constituição de uma maioria parlamentar estável, capaz de permitir a aprovação das principais directrizes na Europa dos 25. Já os Verdes, conseguiram 39 lugares no PE (5,33% dos votos), apesar de uma descida de 1,9% no número de votantes, enquanto a Esquerda Unitária Europeia garantiu 37 eurodeputados (5,05% dos votos), registando igualmente um retrocesso pontual de 1,7%. Finalmente, as forças nacionalistas da UEN conquistaram 26 lugares no PE (3,55% dos votos), mais seis do que os eurocépticos da EDD, sendo que ambos não registaram grandes alterações nas votações obtidas. 75 deputados (10,38% dos votos) oriundos de pequenos partidos não anunciaram ainda a que família partidária irão pertencer. Apenas 44,2% dos europeus participaram no acto eleitoral.

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publicado por Joao Pedro Dias às 14:54