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O perigo do Directório

Domingo, 15.08.10

A natureza atacou gravemente o Paquistão, causando milhões de euros de prejuízos, milhares de feridos e incontáveis mortos. O SG da ONU, no quadro dos seus poderes, de que quase só resta intacto o da palavra, referiu que a tragédia, uma das piores que lhe foi dado presenciar, afectou mais de 20 milhões de pessoas. Talvez à conta da distância geográfica, a catástrofe não tem concitado nem a atenção nem o apoio da opinião pública ocidental. Talvez por isso o Presidente Sarkozy veio interpelar a Comissão Europeia e o Presidente Durão Barroso no sentido de disponibilizarem mais meios e recursos europeus para fazer face à inclemência – deixando clara a insuficiência do apoio já desbloqueado, de cerca de 40M€. Supostamente, dever-se-ia escutar a voz da Alta Representante, Lady Ashton, sobre esta crise humanitária; e não seria necessária a interpelação de Sarkozy à Comissão Europeia – esta teria actuado oficiosamente. Infelizmente parece que não estamos em tempos de regular funcionamento das instituições europeias, inclusivamente daquelas que foram criadas pelo recente Tratado de Lisboa. E por isso, como a política convive mal com o vazio, escutam-se as vozes de sempre que são as das potências do Directório. Mas que não podem nem devem confundir-se com as da Europa da União. O Directório europeu nunca conduziu a resultados estimáveis.

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publicado por Joao Pedro Dias às 02:07